segunda-feira, 15 de agosto de 2011

QUEBRAS E PERDAS OPERACIONAIS

“As quebras e perdas operacionais no varejo de supermercados ainda não tem a atenção devida.”
Essa frase é uma constatação do que ocorre no varejo de supermercados brasileiro, onde podemos verificar empresas de todos os portes com pouca gestão das mercadorias que comercializam.
Tive a oportunidade recentemente de estar a frente da consultoria operacional em 3 empresas de diferentes portes e notei que a gestão de perdas não é um assunto de primeira importância, como deve ser. Há quase 10 anos atuo como gestor e consultor em empresas do ramo de varejo de supermercados e posso afirmar que várias ainda não contabilizam corretamente suas perdas, e pior. Não sabem de quanto é, nem como tratar esse indicador. Com isso, há um desperdício de alimentos em níveis entre 4% e 7% sobre a venda bruta, e recursos financeiros que poderiam ser aplicados em áreas de formação profissional, melhoria de imobilizados, benefícios a funcionários e até mesmo ao lucro distribuído aos sócios, estão sendo utilizados para recomprar produtos que são, muitas vezes, desperdiçados por erros de operações no chão de loja ou de operações logísticas.
Esse assunto deveria ser um dos mais importantes temas das reuniões de Diretoria em várias redes de supermercados, mas vem sendo relegado aos segundo plano, pelo pessoal de operações.
Se vale uma dica para medir as quebras e perdas de seu negócio, é só você experimentar fazer uma vistoria rápida no seu depósito e verificar se estão usando o critério PEPS (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai) de arrumação. Garanto que mesmo empresas de grande porte com sistemas de WMS têm dificuldades nesse assunto, pois o sistema não é capaz de realizar essa tarefa sozinho, é preciso treinar o pessoal que trabalha nos depósitos, é preciso investir na formação profissional de seus colaboradores.
Marcelo Bacellar.

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