quinta-feira, 28 de maio de 2020

COMPRAR OU ALUGAR EQUIPAMENTOS LOGÍSTICOS?



Se por um lado parece interessante comprar pela questão de aquisição de patrimônio, por outro é preciso pensar que equipamento requer manutenção, e isso tem um custo alto e necessita de mão de obra técnica especializada. Além de fugir totalmente do core business da empresa. Mais ou menos como ter uma empresa dento da empresa.

Meu entendimento é que ao alugar, a empresa tem o serviço de manutenção preventiva e corretiva da locadora, o que elimina gastos com peças de manutenção preventiva, ferramentas e espaço para um setor de manutenção nas lojas e no CD.

Tem um equipamento que demanda conta para saber se é melhor alugar ou comprar, as paleteiras. Uma paleteira custa algo em torno de R$ 1.9 mil e dura sem grandes manutenções, que qualquer pessoa possa fazer, cerca de 2 anos, usadas de forma correta e em local apropriado. Aí a conta é fácil: Valor do aluguel mensal X 24 meses = menos que 1.9 mil. Se for, a resposta está aí! E depois que quebrar? Venda para empresas de locação, elas pagam um valor baixo, mas lembre-se que o equipamento já se pagou.

Empilhadeiras que demandam manutenção preventiva e preditiva constantemente, eu aconselho a aluguel. Da mesma forma para os coletores de dados.

E os caminhões? Eis o ponto forte dessa questão. A grande maioria dos empresários prefere comprar, mas caem na mesma questão de ter manutenção, aí pode se contratar uma oficina. Mas, tem o seguro, o acréscimo de folha com os motoristas... penso ser mais economicamente viável alugar.

terça-feira, 19 de maio de 2020

POR QUE INVESTIR EM LOGÍSTICA AINDA É DIFÍCIL PARA ALGUNS EMPRESÁRIOS?



A logística é considerada como uma poderosa ferramenta estratégica para as empresas, sobretudo para o varejo de supermercados. Então, por que alguns empresários do setor ainda tem resistência para investir?

Muitos empresários investem milhões na abertura de novas lojas, e “veem o retorno do seu investimento ser iniciado logo após a inauguração”, com clientes entrando, pegando e pagando pelos produtos. Essa pode ser uma ração pela qual o investimento em um CD, pode parecer caro e sem retorno. “- O cliente não entra pela porta para comprar.”

Para quem trabalha com consultoria, ou no desenvolvimento estratégico das empresas, esse pensamento pode parecer sem sentido, pois certamente há retorno com investimentos na logística, mas muitos empresários ainda não conseguem ver isso de forma tangível.

Então, o meu o desafio vem sendo estabelecer duas linhas de raciocínio junto com os empresários. A primeira sobre a questão do ROI (retorno do investimento), para dar tangibilidade ao investimento. A segunda é um ganho maior do poder de negociação a médio e longo prazo. Ganho de escala, estoque estratégico, acordos logísticos e outros, vem à reboque dessas duas linhas de raciocínio.

A verdade é que quando se consegue demonstrar de forma factível os ganhos reais dos investimentos em logística, alinhando os setores de operações de loja, comercial, RH, financeiro e logística, o empresário vê claramente o retorno e começa a fazer sentido investir, para gerar vantagens competitivas para a sua empresa.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

CONTINUAR NA LUTA



O COVID-19 chegou perto demais, e vitimou duas pessoas pelas quais nutro muito respeito e admiração.

Sr. Moacir, um dos melhores gestores de loja que já conheci, com uma habilidade incrível para montar uma loja vendedora e agressiva. E meu Amigo Maurício (Maurição), um comprador de muita capacidade e conhecimento em várias categorias.

Sem dúvida, o varejo do Rio de Janeiro começou esta semana mais pobre de conhecimento, pela perda desses dois importantes profissionais. Eles são, infelizmente, as primeiras pessoas de meu convívio que perderam a vida por causa do COVID-19. Dá medo saber que essa ameaça chegou tão perto na semana passada, e que pode chegar cada vez mais perto a cada dia. Mas, não nos resta muito mais a fazer a não ser tomar todas as precauções possíveis, e continuar na luta do nosso dia-a-dia para abastecer as lojas e manter produtos e serviços à disposição dos nossos clientes.

Certamente não é assunto que se queira falar, mas acredito que devo escrever essa nota sobre este triste acontecimento, para que de alguma forma possa prestar uma homenagem aos dois.   

OPERAÇÃO COMPROMETIDA PELO COVID-19





O varejo de supermercados está enfrentando um grande desafio. As pessoas das operações logísticas estão adoecendo, e o abastecimento está comprometido.

Esta é uma realidade difícil, mas que precisa ser encarada de frente. Estamos perdendo nossa mão-de-obra para o COVID-19. Muitos colaboradores estão adoecendo, por mais cuidados que tenhamos em nossas empresas.

É preciso lembrar é que o colaborador tem que usar o transporte público, e convive com outras pessoas em sua comunidade, e em sua casa. Hoje ainda saio as ruas e vejo muitas pessoas sem máscara, muito perto umas das outras. Todos sabemos que não é fácil manter as condições necessárias para evitar a contaminação, mas precisamos ter mais atenção.

Conversando com empresários do ramos, todos estão passando por algum tipo de dificuldade, neste momento, para manter as lojas abastecidas. Alguns fornecedores também relataram que há sim algum tipo de dificuldade para operar nos níveis necessários de produção.

Contratar mais colaboradores, para o varejo, é muito difícil. A folha de pagamento está entre os 5 principais gastos das empresa, e fazer novas contratações ainda demanda o treinamento dos colaboradores recém contratados, o que demanda uns 30 dias. Considerando que o tempo médio de afastamento, dos casos leves é de 14 dias, inviabiliza ainda mais essa estratégia.

As parcerias entre empresas que tenham operações logísticas, pode ser um recurso viável, mesmo que não sejam do mesmo ramo de atividade, pois seria mais uma adaptação dos colaboradores, o que demandaria um tempo menor de formação.

O ato de olhar para frente e ver adiante em termo operacionais, na atualidade, significa pensar nos próximos 30 ou 60 dias. Montar estratégias que possam ser revistas rapidamente e que sejam flexíveis é essencial para manter as empresas operando.