Automatizar
as operações de retaguarda reduz as perdas e evita prejuízos. Veja como o uso
de coletores de dados eletrônicos ajudou a rede paulista Coop a tornar seu
centro de distribuição mais ágil e eficiente.
Simplificar as
atividades na retaguarda das lojas e nos centros de distribuição. É isso o que
a utilização de soluções móveis pode garantir aos supermercados. Apesar disso,
a adoção desse tipo de tecnologia nessas áreas ainda é estranha a muitos
varejistas. Pesquisa da Motorola Solutions mostra que todo o autosserviço do
País já incorporou os leitores de códigos de barras às suas frentes de caixas.
Mas, quando se fala dos CDs e depósitos de lojas, menos de 60% das redes
entrevistadas utilizam aparelhos desse tipo, como os coletores de dados.
Esses dispositivos
também lêem códigos de barras e agrupam na memória informações das mercadorias
que chegam ao estoque. Marca, quantidade, validade e o local exato de
armazenagem são alguns exemplos.
Segundo Roberto Mielle,
gerente de canais da Motorola Solutions, fabricante desses dispositivos, o
processo logístico entre o recebimento de uma mercadoria e sua expedição para a
loja pode ser acelerado em até cinco vezes com a ajuda dos coletores.
Então por que eles
ainda não estão completamente disseminados? Para Mielle, o varejista ainda vê a
ferramenta como cara e de retorno demorado. Mas ele garante que os benefícios
compensam, como mostra a experiência da rede Coop, 28 unidades na Grande São
Paulo e interior paulista. Desde julho, a empresa utiliza 55 coletores em seu
centro de distribuição com bons resultados. Cada aparelho custou US$ 1.500. A
rede teve que investir também em antenas e uma rede sem fio, para viabilizar a
troca de informações entre os dispositivos e as lojas.
Mas, após implementar
o sistema, a Coop reduziu a praticamente zero o índice de erros na separação de
volumes que vão do CD para as unidades (antes o índice era de 3,5%).
E mais: "no
recebimento de cargas, a conferência com os coletores pode evitar gastos extras
de R$ 20.000 em uma única compra, se considerarmos o prejuízo que temos quando
acontecem erros nessa etapa" , explica Rogério Lopes, gerente da cadeia de
suprimento da rede.
Como o sistema ainda
é recente na Coop, resultados mais definitivos ainda não puderam ser
observados. Mas o uso dos coletores já foi aprovado. "O processo ainda não
atingiu toda sua maturidade. Mas achamos que, quando completar um ano de uso,
teremos um retorno expressivo sobre o investimento", aposta Lopes. O próximo
passo, já iniciado, é implementar os coletores também nos depósitos das lojas
da cooperativa.
A solução não serve
apenas para grandes varejistas. Segundo Mielle, da Motorola, a automação das
retaguardas também já está chegando ao pequeno e médio varejo, cujas vendas
crescem em função do aumento do poder de compra da população. E as soluções
móveis já estão sendo levadas a outras áreas críticas das empresas. Com duas
lojas em Florianópolis (SC), a rede Hippo, por exemplo, usa os dispositivos
também nas filas dos caixas para agilizar a operação. Quando há pelo menos dois
clientes aguardando o atendimento, entra em ação o "Papa-fila". Pelo
sistema, um funcionário registra, com um computador de mão, os códigos de
barras dos produtos do consumidor e descarrega as informações em um cartão
eletrônico. Enquanto o cliente faz o pagamento, as compras são encaminhadas
para os empacotadores. Essa agilidade agrada ao cliente. E isso é só um pouco
do que uma tecnologia eficaz pode garantir.
“Nossa loja é
pequena, mas temos muito movimento. Em alguns horários, as filas se tornam
gigantes. Com o Papa-fila, conseguimos oferecer mais conforto ao nosso
cliente”
Tatiane Pereira -
Assessora de marketing do Hippo - (Supermercado Moderno)
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