segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MOBILIDADE NA RETAGUARDA



Automatizar as operações de retaguarda reduz as perdas e evita prejuízos. Veja como o uso de coletores de dados eletrônicos ajudou a rede paulista Coop a tornar seu centro de distribuição mais ágil e eficiente.
Simplificar as atividades na retaguarda das lojas e nos centros de distribuição. É isso o que a utilização de soluções móveis pode garantir aos supermercados. Apesar disso, a adoção desse tipo de tecnologia nessas áreas ainda é estranha a muitos varejistas. Pesquisa da Motorola Solutions mostra que todo o autosserviço do País já incorporou os leitores de códigos de barras às suas frentes de caixas. Mas, quando se fala dos CDs e depósitos de lojas, menos de 60% das redes entrevistadas utilizam aparelhos desse tipo, como os coletores de dados.
Esses dispositivos também lêem códigos de barras e agrupam na memória informações das mercadorias que chegam ao estoque. Marca, quantidade, validade e o local exato de armazenagem são alguns exemplos.
Segundo Roberto Mielle, gerente de canais da Motorola Solutions, fabricante desses dispositivos, o processo logístico entre o recebimento de uma mercadoria e sua expedição para a loja pode ser acelerado em até cinco vezes com a ajuda dos coletores.
Então por que eles ainda não estão completamente disseminados? Para Mielle, o varejista ainda vê a ferramenta como cara e de retorno demorado. Mas ele garante que os benefícios compensam, como mostra a experiência da rede Coop, 28 unidades na Grande São Paulo e interior paulista. Desde julho, a empresa utiliza 55 coletores em seu centro de distribuição com bons resultados. Cada aparelho custou US$ 1.500. A rede teve que investir também em antenas e uma rede sem fio, para viabilizar a troca de informações entre os dispositivos e as lojas.
Mas, após implementar o sistema, a Coop reduziu a praticamente zero o índice de erros na separação de volumes que vão do CD para as unidades (antes o índice era de 3,5%).
E mais: "no recebimento de cargas, a conferência com os coletores pode evitar gastos extras de R$ 20.000 em uma única compra, se considerarmos o prejuízo que temos quando acontecem erros nessa etapa" , explica Rogério Lopes, gerente da cadeia de suprimento da rede.
Como o sistema ainda é recente na Coop, resultados mais definitivos ainda não puderam ser observados. Mas o uso dos coletores já foi aprovado. "O processo ainda não atingiu toda sua maturidade. Mas achamos que, quando completar um ano de uso, teremos um retorno expressivo sobre o investimento", aposta Lopes. O próximo passo, já iniciado, é implementar os coletores também nos depósitos das lojas da cooperativa.
A solução não serve apenas para grandes varejistas. Segundo Mielle, da Motorola, a automação das retaguardas também já está chegando ao pequeno e médio varejo, cujas vendas crescem em função do aumento do poder de compra da população. E as soluções móveis já estão sendo levadas a outras áreas críticas das empresas. Com duas lojas em Florianópolis (SC), a rede Hippo, por exemplo, usa os dispositivos também nas filas dos caixas para agilizar a operação. Quando há pelo menos dois clientes aguardando o atendimento, entra em ação o "Papa-fila". Pelo sistema, um funcionário registra, com um computador de mão, os códigos de barras dos produtos do consumidor e descarrega as informações em um cartão eletrônico. Enquanto o cliente faz o pagamento, as compras são encaminhadas para os empacotadores. Essa agilidade agrada ao cliente. E isso é só um pouco do que uma tecnologia eficaz pode garantir.
“Nossa loja é pequena, mas temos muito movimento. Em alguns horários, as filas se tornam gigantes.  Com o Papa-fila, conseguimos oferecer mais conforto ao nosso cliente”
Tatiane Pereira - Assessora de marketing do Hippo - (Supermercado Moderno)

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